Apesar dos números, o país precisa valorizar o produto brasileiro para ter um resultado ainda melhor, segundo especialistas
O mês de novembro registrou alta nas exportações do agronegócio brasileiro com US$ 13,48 bilhões. Mesmo com um número mais elevado nas vendas internacionais, os preços médios de exportação do setor tiveram queda de 6,9%. Os dados são da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa).
Por Brasil 61
Na opinião do especialista em agronegócios Marcelo Moura, a valorização dos produtos não está acompanhando esse crescimento no volume. "No bruto é claro que isso é positivo, mas no detalhe é como se você estivesse trabalhando mais e ganhando menos. Então a luta é essa", analisa.
Produtos em destaque
Em 2023, de janeiro até novembro, o Brasil exportou quase 180 milhões de toneladas diretas de grãos ou 56% da safra total, que foi de 319,97 milhões de toneladas. Entre os produtos que se destacaram estão a soja em grãos, açúcar de cana, farelo de soja e carne bovina. Só no mês passado, apenas a soja conseguiu atingir um volume de 5,20 milhões de toneladas. Ela tem sido o maior responsável pelo crescimento das vendas externas do agronegócio.
As vendas externas de soja em grãos alcançaram US$ 2,73 bilhões em novembro de 2023, com alta de 76,0%. Apenas para a China, o crescimento foi de 90,2%. O país obteve 87,5% do volume total exportado pelo Brasil de soja em grãos em novembro de 2023.
O volume exportado de milho foi o produto que teve o segundo melhor desempenho com 7,40 milhões de toneladas, seguida do farelo de soja com US$ 793,88 milhões nas vendas externas. Os maiores importadores dos produtos brasileiros foram a União Europeia, Indonésia e Coreia do Sul.
Projeções
O levantamento do Mapa revela que os produtos do agronegócio brasileiro representaram 49,3% das exportações no período — o correspondente a 1,3 ponto percentual a mais se comparado ao mesmo período do ano passado. O especialista Marcelo Moura acha que ainda ainda é cedo para comemorar, porque o Brasil precisa valorizar mais o produto brasileiro.
"É claro que quem dimensiona isso é o mercado e a capacidade, o argumento de negociação tem limite para que no ano que vem a gente produza muito e ganhe cada vez mais — e o produtor e toda a cadeia do agro brasileiro seja beneficiada", espera.
Para o advogado especialista em direito agrário Albenir Querubin, quanto melhor for o desempenho do Brasil, melhor vai ser a participação no mercado. "Com isso, podemos reduzir o chamado risco Brasil que nós temos hoje, o custo Brasil".
O especialista em agronegócios Marcelo Moura resume o cenário da seguinte forma: "É mais gente para comer, mais produtividade e uma conversa cada vez mais produtiva com quem está do lado de fora".
Para o advogado especialista em direito agrário Albenir Querubini, além do custo Brasil, os parâmetros de sanidade dos produtos, com o incremento de instrumentos de rastreabilidade podem melhorar o setor. Ele acredita que, assim, vai aumentar a confiança na segurança alimentar dos produtos brasileiros.
'Isso com certeza vai agregar cada vez mais valor para as nossas exportações e também vai atrair os olhares dos consumidores dos outros países sempre demonstrando que o Brasil é um país onde tem um agronegócio não só pujante, mas também sustentável em vários aspectos", observa.
Mesmo com esse resultado nas exportações, Querubini acrescenta que ainda se faz necessário um somatório de esforços para o Brasil melhorar. "A gente precisa investir na produção com qualidade, que garanta a sustentabilidade e também uma qualidade em termos de segurança dos alimentos. Com certeza, isso será um diferencial para o Brasil", pontua.
'Isso com certeza vai agregar cada vez mais valor para as nossas exportações e também vai atrair os olhares dos consumidores dos outros países sempre demonstrando que o Brasil é um país onde tem um agronegócio não só pujante, mas também sustentável em vários aspectos", observa.
Mesmo com esse resultado nas exportações, Querubini acrescenta que ainda se faz necessário um somatório de esforços para o Brasil melhorar. "A gente precisa investir na produção com qualidade, que garanta a sustentabilidade e também uma qualidade em termos de segurança dos alimentos. Com certeza, isso será um diferencial para o Brasil", pontua.
Produtos em destaque
Em 2023, de janeiro até novembro, o Brasil exportou quase 180 milhões de toneladas diretas de grãos ou 56% da safra total, que foi de 319,97 milhões de toneladas. Entre os produtos que se destacaram estão a soja em grãos, açúcar de cana, farelo de soja e carne bovina. Só no mês passado, apenas a soja conseguiu atingir um volume de 5,20 milhões de toneladas. Ela tem sido o maior responsável pelo crescimento das vendas externas do agronegócio.
As vendas externas de soja em grãos alcançaram US$ 2,73 bilhões em novembro de 2023, com alta de 76,0%. Apenas para a China, o crescimento foi de 90,2%. O país obteve 87,5% do volume total exportado pelo Brasil de soja em grãos em novembro de 2023.
O volume exportado de milho foi o produto que teve o segundo melhor desempenho com 7,40 milhões de toneladas, seguida do farelo de soja com US$ 793,88 milhões nas vendas externas. Os maiores importadores dos produtos brasileiros foram a União Europeia, Indonésia e Coreia do Sul.
Projeções
O levantamento do Mapa revela que os produtos do agronegócio brasileiro representaram 49,3% das exportações no período — o correspondente a 1,3 ponto percentual a mais se comparado ao mesmo período do ano passado. O especialista Marcelo Moura acha que ainda ainda é cedo para comemorar, porque o Brasil precisa valorizar mais o produto brasileiro.
"É claro que quem dimensiona isso é o mercado e a capacidade, o argumento de negociação tem limite para que no ano que vem a gente produza muito e ganhe cada vez mais — e o produtor e toda a cadeia do agro brasileiro seja beneficiada", espera.
Para o advogado especialista em direito agrário Albenir Querubin, quanto melhor for o desempenho do Brasil, melhor vai ser a participação no mercado. "Com isso, podemos reduzir o chamado risco Brasil que nós temos hoje, o custo Brasil".
O especialista em agronegócios Marcelo Moura resume o cenário da seguinte forma: "É mais gente para comer, mais produtividade e uma conversa cada vez mais produtiva com quem está do lado de fora".
Tags
# isso é AGRO