O Fluminense foi ao Paraguai em busca da classificação e manutenção da invencibilidade, sabendo que enfrentaria um Olímpia raçudo, às vezes violento e tentando reverter uma desvantagem de 2 gols
No meio disso tudo uma inábil diretoria que anuncia a venda (ou seria doação?) de Luiz Henrique por uma mixaria de 7 milhões de euros.
Mas vamos ao jogo:
Começamos com Martinelli e Arias no lugar de Yago e Bigode e logo aos oito minutos tivemos um gol anulado de David Braz.
Após esse começo equilibrado, o Fluminense começou a ceder campo para o adversário, convidando-o a jogar no nosso campo defensivo.
Essa estratégia perigosa logo se mostrou suicida quando só o Olimpia jogava e levamos o gol aos 35 minutos.
Começamos o segundo tempo do mesmo jeito que terminamos o primeiro, dando a bola pro adversário marcando na nossa intermediária defensiva.
Chamar o adversário pro nosso campo defensivo com um caldeirão apoiando o time da casa é suicida e o Olímpia, apesar de suas limitações, ficava o jogo todo no nosso campo e nosso time não conseguia sequer ter saída de jogo.
Aos 15 minutos Abel tira LH e coloca Bigode, e aos 20 tira Arias para entrada de Gabriel Teixeira, que no primeiro lance perde um gol imperdível. Incrível como os jovens atacantes do Fluminense não sabem chutar a gol.
O Fluminense continua sem saída de jogo, o que praticamente "obriga" o Olimpia a nos atacar.
Numa troca de passes no nosso próprio campo, erramos novamente e Nino faz falta sendo expulso, aos 35 minutos.
Aos 40 Abel tira Gabriel Teixeira e Cano colocando Pineida e Lucas Claro, abdicando de vez de jogar ofensivamente, mas como todos sabem, o futebol castiga e de imediato o Olimpia faz o segundo gol, desfazendo a vantagem construída no primeiro jogo.
Enquanto o Olímpia botava atacantes, o Fluminense enchia o time de defensores.
Uma partida que se o Fluminense quisesse jogar, ganharia até com facilidade foi pra decisão nos pênaltis. Me pergunto quando vão entender que entrar em campo e não jogar é o caminho certo para a derrota.
Na primeira cobrança Bigode desperdiça.
O Olímpia marca os 2 primeiros pênaltis.
Felipe Melo também desperdiça.
O Olímpia marca o terceiro.
André cobra o terceiro pênalti e faz.
O Olímpia cobra o quarto pênalti, faz e o Fluminense dá adeus à Libertadores nos pés dos experientes.
Essa derrota era uma tragédia anunciada, quando a incompetente diretoria resolve vender seu melhor jogador no momento que o time adquiria confiança, quando Abel senta em cima da vantagem do primeiro jogo e vai para o Paraguai com um time achando que deveria cozinhar o jogo, ao invés de jogar normalmente.
Aliado a isso, quando nossos jovens atacantes não aprenderam a chutar e o exemplo maior disso é o gol imperdível que Gabriel Teixeira conseguiu a façanha de perder.
É o erro que apontamos aqui há mais de 2 anos de querer marcar no nosso próprio campo, deixando os adversários mandarem no jogo.
Enfim, essa derrota vergonhosa teve vários ingredientes, da incompetência notória de uma diretoria de não tricolores, passando por um treinador que precisa saber que quem não ataca em todos os jogos, inclusive na casa do adversário, perde o jogo, até os jogadores que ainda não entenderam que só ganha jogos e títulos quem tem a coragem de atacar o adversário.
Agora, depois dessa vergonhosa derrota, é rezar para ganhar do Botafogo na próxima segunda-feira e encaminhar a nossa participação na final do carioca.
Bora FLUZÃO!
*Raimundo Ribeiro é apaixonado por futebol e naturalmente tricolor.
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