Só 3% das 70 mil tn diárias de lixo são reciclados

Todos os meses, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal recolhe das ruas 70 mil toneladas de lixo. Desse total, apenas 2,1 mil são recicladas, o que equivale a 3%. Boa parte desse lixo é jogada no maior lixão a céu aberto em operação na América Latina, o da Estrutural.



Esse cenário, contudo não é exclusivo do Distrito Federal. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), o Brasil produz diariamente cerca de 240 mil toneladas de lixo e, assim como no DF, grande parte desse material é jogado de forma inadequada em aterros a céu aberto. Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que ainda existem no país 2.906 lixões, dos quais apenas 18% trabalham com coleta seletiva.

Em 1993, foi criada a Lei Distrital 462, que dispõe sobre a reciclagem de resíduos sólidos no DF. Mas, passados 20 anos, quase nada foi feito para a implantação efetiva. Segundo o diretor do SLU, Gastão Ramos, faltou interesse para que gestões anteriores tratassem a questão. "Não tínhamos uma política definida até a entrada do governo atual. Em setembro de 2011 foi publicado um decreto que determinou a Política Distrital de Resíduos Sólidos, que engloba a coleta seletiva e a reciclagem", explicou Ramos.

Classificação do lixo

O lixo é classificado em orgânico (biodegradável) e inorg ânico (não-biodegradável). O primeiro corresponde a materiais de rápida decomposição como restos da comida, papel, papelão e madeira; o segundo tipo é exatamente o inverso e tem decomposição lenta, como metal, vidro, plástico, isopor e borracha.

Além da possibilidade de reutilizar o lixo para criar novos produtos, a reciclagem contribui para a geração de empregos. Um bom exemplo são os anéis das latinhas de alumínio na confecção de bolsas. A reciclagem diminui ainda os danos ambientais, ao evitar que seja retirada mais matéria prima da natureza.

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