Expectativa é que unidade de saúde realize cirurgias variadas, como transplantes de fígado e de medula óssea
Com o projeto executivo em andamento, o Hospital de Transplantes de Brasília terá 150 leitos e será o terceiro do tipo no país a atender exclusivamente pacientes que precisam de transplantes de órgãos – o prédio deverá ficar pronto 24 meses após o início das obras.
"Com a atuação conjunta do Ministério da Saúde e do GDF conseguiremos atingir nosso objetivo com o menor prazo possível e com a menor utilização de recursos", destacou hoje o governador Agnelo Queiroz durante a primeira audiência sobre o assunto com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Ainda de acordo com o governador, o GDF quer "fazer uma intervenção mais objetiva e ágil" e entregar uma unidade de saúde de qualidade para a população, como ocorre com os pacientes do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.
A verba para a compra de equipamentos, cerca de R$60 milhões, vem do governo federal e será enviada ao GDF assim que o prédio estiver pronto. A estrutura física será erguida com recursos do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, que ainda avalia o investimento final da obra.
Segundo o projeto, o Hospital de Transplantes de Brasília será sustentável e terá a utilização de energia solar e sistemas informatizados no atendimento aos pacientes -procedimento que reduzirá a quantidade de papel utilizada.
De acordo com o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, o local de construção da nova unidade ainda está em estudo pelo governo local, mas os tipos de operação estão definidos.
A unidade de saúde realizará transplantes de coração, córneas, rim, fígado, medula óssea, entre outros.
"Esse hospital é fruto do excelente desempenho do DF. Estamos liderando o número de transplantes no país. O ministério tem reconhecido isso e está trabalhando para que possamos construir juntos essa unidade que vai beneficiar muitos pacientes", destacou Barbosa à Agência Brasília.
Levantamento da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) apontou o DF como a unidade da Federação que mais realiza a captação de órgãos. Aqui, são 32,7 doadores por milhão de habitantes.
Com esse índice, a capital federal está próximo de alcançar, no ranking internacional, patamares de países desenvolvidos.
Segundo registros da pasta, somente no primeiro semestre deste ano foram feitos 289 transplantes no DF, dos quais 184 foram de córnea, 64 de rim, 24 de fígado, 17 de coração e quatro de medula óssea.